quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O PRESERVATIVO, VÉLHO DE GUERRA



Durante séculos, homens e mulheres têm procurado métodos contraceptivos, vários foram testados, mas a maioria se mostrou apenas dolorosa e ineficaz. Na tentativa de evitar uma gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis a humanidade inventou fórmulas tão estranhas quanto gengibre e suco do fumo ou excrementos de crocodilo, que possui pH alcalino, assim como os espermicidas modernos.

O nascimento da camisinha não foi muito mais nobre do que isto. Na Ásia usava-se um envoltório de papel de seda untado com óleo. No Antigo Egito os egípcios já usavam ancestrais de camisinhas não como anticoncepcionais, mas como proteção contra picadas de insetos (durante as caçadas, não no sexo). Elas eram feitas de tecido ou outros materiais porosos pouco eficazes como métodos anticoncepcionais.

Mas, durante a Idade Média, com a disseminação de doenças venéreas na Europa se fazia necessário a invenção de um método mais eficaz. Em 1564, o anatomista e cirurgião Gabrielle Fallopio confeccionou um forro de linho do tamanho do pênis e embebido em ervas. Mais adiante, estes preservativos passaram a ser embebidos em soluções químicas (pretensamente espermicidas) e depois secados.

Foi só no século XVII, que a camisinha ganhou um "toque de classe". O Dr. Quondam, alarmado com o número de filhos ilegítimos do rei Carlos II da Inglaterra (1630-1685), criou um protetor feito com tripa de animais. O ajuste da extremidade aberta era feito com um laço, o que, obviamente, não era muito cômodo, mas o dispositivo fez tanto sucesso que há quem diga que o nome em inglês (condom) seria uma homenagem ao médico. Outros registros indicam que o nome parece vir mesmo do latim "condus" (receptáculo).

A "camisinha-tripa" seguiu sendo usada, até 1839, quando Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização da borracha, fazendo-a flexível a temperatura ambiente. Mas não se anime que a higiene absoluta ainda não nasceu. Nesta época, os preservativos de borracha eram grossos e caros e por isto lavados e reutilizados diversas vezes.

As camisinhas de látex só surgiram em 1880 e daí evoluíram à medida que novos materiais foram desenvolvidos, adicionando novas formas, melhorando a confiabilidade e durabilidade.

E agoora, acabaram as desculpas dos homens que reclamam que a camisinha “corta o clima” na hora da relação sexual. Uma companhia britânica promete colocar em breve no mercado um preservativo que também estimulará a ereção. Em um estudo feito com 108 casais saudáveis, os homens afirmaram que com a novidade o sexo durava mais e era mais prazeroso.

Apenas com o anúncio do preservativo, as ações da Futura Medical, que é especializada em saúde sexual, subiram 14,5% na bolsa de valores de Londres. A empresa espera ter a aprovação da União Européia ainda neste ano, para levar a camisinha, chamada por enquanto apenas de CSD500, às prateleiras já em 2010.

Os homens que participaram do estudo, segundo a companhia, tiveram uma ereção mais longa e duradoura em comparação com as camisinhas normais. O segredo é um gel na ponta do preservativo que dilata as artérias e aumenta a circulação de sangue no membro.

Outra pesquisa, de mercado, revelou que o potencial de vendas do produto é promissor. Cerca de 80% de quem usa camisinha regularmente, segundo o levantamento, afirmou que teria interesse em testar este novo modelo. Até dentre os que não usam preservativo, 49% afirmaram que comprariam o preservativo, se ele ajudasse na ereção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário