quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ATENÇÃO: Priapismo é sério !!!!!!!!!

O priapismo é uma ereção persistente e freqüentemente DOLOROSA!!!!!!!, com duração maior que 4 horas. Essa ereção peniana pode ocorrer após o orgasmo, mas geralmente não acompanha o desejo sexual. É uma emergência urológica que pode levar ao quadro de impotência sexual DEFINITIVA, e por isso merece pronto atendimento, no hospital mais próximo.

Tipos

Existem dois tipos principais de priapismo. O primeiro ocorre por lesão venosa. Há uma obstrução no conjunto de veias que drenam o pênis, impedindo que o sangue presente no órgão, retorne ao corpo. A pressão do sangue dentro do pênis se eleva e falta oxigênio para o tecido peniano, gerando um quadro de dor intensa. O priapismo venoclusivo prolongado pode levar a fibrose do pênis e perda da capacidade de atingir uma ereção, observando-se alterações celulares significativas em apenas 24 horas.

O outro tipo ocorre por uma lesão arterial, onde há a ruptura de uma ou mais artérias que levam o sangue até o pênis. O sangue passa a chegar em grande volume e de forma rápida ao órgão, enquanto o escoamento é lento, gerando um estado de ereção prolongada. Como não há deficiência de chegada de sangue às fibras sensitivas do pênis, geralmente não há dor.

A grande diferença é que neste tipo, a consistência do pênis não é de tanta rigidez como no caso da lesão venosa. Isso ocorre porque o sangue consegue deixar o pênis, mesmo que de forma mais lenta que sua chegada a ele, gerando um estado parcial de ereção, que pode perdurar por um longo período, sem causar dor e muitas vezes sem prejudicar o ato sexual.

As diferenças básicas entre os dois tipos são:


Venoclusivo

Arterial

Fluxo sanguíneo no pênis Baixo Alto
Mecanismo de formação Oclusão venosa Fístula arterial
Frequência na população Alta Baixa
Causas Drogas vasoativas

Medicamentos

Doenças hematológicas

Traumatismo perineal

ou peniano

Necessidade de tratamento Urgente Eletivo
Objetivo do tratamento Aumentar a drenagem de sangue do pênis para o corpo Diminuir fluxo arterial para o pênis

Causas

O priapismo venoso pode ocorrer devido a doenças como anemia falciforme, doenças neurológicas que causam lesão de fibras nervosas envolvidas no mecanismo de ereção (hérnia de disco intervertebral), infiltração tumoral, pneumonia recente por micoplasma, intoxicação por monóxido de carbono, malária e outras. Também pode ser causado pelo uso de alguns medicamentos como hidralazina, metoclopramida, omeprazol, hidroxizina, tamoxifeno, testosterona, hipotensores (prazosin), antidepressivos (Prozac), ou anticoagulantes (heparina), além de substâncias injetadas no pênis para provocar ereção artificial (papaverina, fentolamina, prostaglandina E1), e abuso de bebidas alcoólicas e drogas (cocaína). Acidentes com grande lesão do períneo e hemorragia local, podem comprometer a drenagem do sangue peniano também levando ao quadro de priapismo.

Já o priapismo arterial ocorre devido à ruptura das artérias que levam o sangue para o pênis como trauma perineal e/ou peniano.

Idade

O priapismo tem sido descrito em quase todas as idades, desde a fase de lactente até a idade avançada. Em adolescentes e adultos jovens, ele associa-se, frequentemente ao abuso de álcool e drogas, anemia falciforme e leucemia. Já nos idosos vem sendo relacionado ao câncer.

Diagnóstico

O diagnóstico de priapismo é simples, pois pode ser baseado na história do paciente, que é clássica.

No caso de priapismo arterial de alto fluxo, o início dos sintomas pode ser mais demorado em relação à lesão aguda. Quando secundário a causas arteriais geralmente provoca menos tumescência, sendo significativamente menos doloroso que o priapismo venoso.

Os pacientes com priapismo venoclusivo, no entanto, relatam ereção extremamente dolorosa, podendo estar presente por horas a dias. Deve-se detalhar o uso de drogas, incluindo as terapêuticas e as ilícitas.

A presença de priapismo deve ser confirmada pelo achado de um pênis ereto ou semi-ereto sem a participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos corpos esponjosos (tecido que envolve a uretra), que devem se apresentar flácidos. Logo, se trata de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.

Exames complementares como Doppler peniano e angiografia peniana seletiva podem ser necessários. O primeiro geralmente é utilizado na diferenciação de priapismos de alto e baixo fluxos, enquanto o segundo pode ser necessário para identificar o ponto da fístula, no priapismo de causa arterial.

Tratamento

O priapismo muitas vezes necessita de atendimento médico URGENTE. Os objetivos do tratamento são esvaziar os corpos cavernosos intumescidos, melhorar a dor do paciente, e prevenir a impotência definitiva.

No caso da lesão venosa, a primeira conduta é puncionar o pênis para aspirar o sangue que se encontra estagnado dentro de pênis. Pela mesma punção deve-se introduzir substâncias como noradrenalina que podem ajudar na detumescência peniana (regressão da ereção). Caso essa manobra não solucione o problema, há necessidade de intervenção cirúrgica, para se criar uma comunicação de escape do sangue (shunt) e com isso, permitir a saída do sangue do interior do pênis.

Na lesão arterial, muitas vezes a ligadura cirúrgica da artéria sangrante ou a obstrução dessa artéria por cateterismo (embolização), resolve o problema.

Caso a busca por atendimento médico seja tardia, com permanência do priapismo por várias horas e conseqüente ocorrência de fibrose dos corpos cavernosos, há a possibilidade de comprometimento definitivo das ereções, quando a única solução passa a ser o uso de prótese peniana.

Há também a possibilidade de outros tratamentos, para casos especiais, como no priapismo secundário à doença falciforme, onde poderá ser necessária uma transfusão de sangue ou uso de oxigênio hiperbárico.

A prevenção, na maioria dos casos, fica impossibilitada pelo desconhecimento da causa do priapismo.

Os pacientes que fazem uso de drogas intracavernosas para promover a ereção, no entanto, devem ter conhecimento do risco de priapismo. Caso sofram uma ereção persistente, por mais de 2 horas após a aplicação da droga, devem procurar um serviço de emergência ou seu urologista. Nos casos em que o priapismo é provocado por medicamentos, a partir de sua identificação, eles devem ser evitados. Em pacientes com doenças sanguíneas, uma boa hidratação, oxigenação, transfusões e outras alternativas mais específicas são necessárias.

Os pacientes com crises repetidas de priapismo devem ser orientados para evitarem a permanência de distensão de bexiga, aumentarem a ingestão de líquidos e diminuírem as atividades sexuais, além de terem infecções do trato urinário baixo e próstata investigadas e tratadas.

EREÇÃO

FUNCIONAMENTO ANATÔMICO


Há três câmaras separadas no pênis normal: duas câmaras eréteis interconectadas, chamadas corpo cavernoso, que ocupam o volume do pênis, e a uretra, um tubo que pode conduzir tanto a urina como o sêmen.

As câmaras eréteis ficam anexadas ao osso púbico e se estendem da parte abdominal para a porção visível do pênis. Essa âncora ajuda a manter o pênis rígido quando as câmaras ficam cheias de sangue.

Cada câmara erétil é formada por um tecido parecido com uma esponja que se enche de sangue durante a fase de excitamento. O sangue fica preso no pênis, aumentando e endurecendo-o para a penetração.

FISIOLOGIA DA EREÇÃO

A ereção pode se iniciar por:

          • Estímulo psicológico (imaginação de situação erótica)
          • Estímulo físico (toque da genitália masculina de maneira sensual)

Fisiologia da Ereção

O sistema nervoso atua no cérebro com pensamentos eróticos, enquanto outro centro, na coluna vertebral reage ao toque. Ambos atuam em conjunto para produzir a ereção como um auto reflexo que é auxiliado pelo hormônio masculino, a testosterona.

Dessa pequena descrição da fisiologia da ereção, pode-se ver que qualquer problema que afete o cérebro, a espinha, as terminações nervosas do pênis, as artérias penianas, os corpos esponjosos, as veias do pênis ou a produção da testosterona podem atrapalhar uma ereção




SINTOMAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL

A disfunção erétil pode ter como alguns indicadores as ocorrências a seguir:

          • Problemas para conseguir ou manter a ereção, ocorrendo pelo menos uma entre quatro vezes em que se tenta manter relações sexuais.
          • Ereções mais difíceis e menos freqüentes pelas manhãs.
          • Persistência do problema por mais de 30 dias.
          • Aumento do tempo normal para ter uma ereção.
          • Perda de ereção em certas posições ou ao se colocar preservativo.
          • Alcançar o orgasmo ou ejacular muito rapidamente.
          • Alcançar o orgasmo ou ejacular com o pênis não totalmente ereto.

CAUSAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL E DA DIFICULDADE EM ATINGIR / MANTER A EREÇÃO

A Disfunção Erétil pode ter sua origem em causas psicológicas, físicas ou mistas.

Causas psicológicas:

          • Ansiedade
          • Depressão
          • Fadiga
          • Culpa
          • Stress
          • Problemas maritais
          • Problemas financeiros
          • Ansiedade por desempenho
          • Excessivo uso de álcool
          • Conflitos de identidade sexual, preferência e orientação sexual.

Quando isso ocorre, muitas vezes, a simples solução do problema que está preocupando o homem permite que o seu desempenho sexual volte a ser normal. Caso isto não ocorra, pode ser necessário procurar ajuda junto a um psicólogo. Quando se trata de um problema físico, entretanto, é necessário e indispensável o auxílio de um médico.

Causas físicas

Podem ser de origem arterial (diminuição do aporte sangüíneo aos corpos cavernosos), neurogênicas (algum problema que afete a medula ou a inervação periférica do pênis) ou mesmo efeito colateral de medicamentos que podem promover além de disfunções eréteis, distúrbios da libido ou disfunções ejaculatórias como são apresentadas no item Distúrbios da Ereção.

Outros fatores de risco são:

Álcool - Em pequenas doses pode servir de estimulante do desejo sexual mas, em alta quantidade começa a apresentar efeitos danosos à ereção pois os músculos entram em processo interno de relaxamento.

Fumo – O tabagismo é fator de risco para desenvolvimento de arteriosclerose nas artérias pudentas e penianas comuns em pacientes jovens com DE (Rosen net al 1991) As artérias (vasos) que irrigam o pênis são de seis a oito vezes mais finas que as artérias coronárias, e, se o cigarro ou qualquer outro tipo de fumo "entope" as coronárias, o que dizer de uma artéria de seis a oito vezes mais fina? O fumo acelera danos arteriais devido à aceleração da arteriosclerose direta na íntima pela diminuição dos níveis do colesterol HDL (Fried et al 1986), além de provocar uma vasconstrição sobre as artérias.

Colesterol - O aumento de colesterol, decorrente de altas doses de gordura na alimentação também causa a obstrução da circulação do pênis levando à impotência.

Diabetes - O Diabetes é uma das condições crônicas que mais freqüentemente causa a disfunção erétil (Akerman et al 1993, Shiavi et al 1993, Close e Ryder 1995, Bancroft e Gutierrez 1996, Dunsmuir e Holmes 1996, Hakim e Goldstein 1996, Klein et al 1996). Estudos nos EUA mostram que 30 milhões de homens podem ter algum tipo de problema de ereção. Quando se estudam esses homens, observa-se que os mesmos podem ter também problemas vasculares, diabetes ou depressão o que mostra um complicado interrelacionamento entre estas patologias.

O diabetes é uma doença que provoca um processo inflamatório nas artérias e arteríolas do corpo e que tem que ser controlada pelo paciente. É freqüente termos pacientes diabéticos com problemas de circulação, não só no pênis como em outras arterias de maior porte de membros inferiores, rins, etc. As artérias do pênis por serem minúsculas, geralmente são as mais acometidas.

Disfunção ErétilA etiologia da DE na população diabética é multifatorial e acaba por envolver problemas endócrinos, cardiovasculares, urológicos e até psiquiátricos. Estima-se que 35 a 75 % dos homens com diabetes possam ter disfunção se comparado com outros grupos de estudo. Homens com diabetes desenvolvem o problema de 5 a 10 anos antes. O desenvolvimento desse problema com o passar dos anos no grupo de diabéticos também se dá de forma mais progressiva. Estudiosos como Feldman et al avaliam que o risco da disfunção erétil é de três vezes maior nos diabéticos que nos não diabéticos. O efeito prejudicial do diabetes mellitus na função erétil é demonstrado por estudos de tumescência peniana noturna anormal observada em diabéticos com função erétil normal (Nofringer et al 1992).

Medicamentos inibidores da PDE-5 são menos eficazes nos diabéticos do que em populações de homens sem essa patologia. Pacientes diabéticos estão associados com um acelerado nível de aterosclerose, problemas micro-vasculares, neuropatias, dislipidemia, hipertensão e disfunção do endotélio.
Esses problemas acima relacionados contribuem muito para a DE e a sua combinação potencializa os efeitos.

Efeito colateral de Cirurgias e Traumas - A cirurgia de próstata pode ter como conseqüência o problema da Impotência Sexual. Não ocorre em todos os casos de cirurgia, mas em grande parte deles. O que se faz é tratar do problema de Impotência usando um dos inúmeros recursos hoje disponíveis, estando inclusive alguns apresentados neste site. Não há, portanto o que se temer.

Drogas - As drogas, tais como Maconha, Crack, Cocaína, etc., acarretam de forma sensível a parte sexual do indivíduo. Há uma enorme redução da parte circulatória da região peniana, levando o indivíduo a ter problemas sérios de ereção.

Impotência como efeito colateral de medicamentos para Pressão, Depressão, etc. - Grande parte dos medicamentos utilizados nestes tratamentos pode acarretar problemas de ereção. Uma vez que os medicamentos não podem ser suspensos, há necessidade de se tratar os efeitos colaterais dos mesmos. Isso felizmente é tranqüilo devido à grande evolução dos tratamentos para Impotência.
(*) Nunca mude sua medicação ou dosagem sem antes consultar seu médico.

Efeito da idade – Estatisticamente, o número de homens que experimentam a Disfunção Erétil aumenta de acordo com a idade. A idade em si não causa a disfunção, mas é fato que, homens mais velhos têm mais probabilidade de ter doenças ou ter sofrido tratamentos (ex: cirurgia de próstata) que podem causar a disfunção.

Impotência Resultante de Traumas - Um trauma em qualquer porção da região pélvica ou da coluna pode resultar em impotência, pois, no diafragma urogenital encontramos diversos nervos frágeis e artérias que suprem o pênis.

Um trauma direto no pênis pode resultar em uma fratura ou ruptura dos compartimentos eréteis. Com esse trauma, o paciente pode vir a sentir dor e inchaço no pênis, sendo às vezes inviável a atividade sexual, tornando-se necessária uma correção cirúrgica.

Traumas na coluna também podem causar impotência, pois, caso haja ferimentos na medula espinhal pode haver perda do centro nervoso que controla as ereções.Uma medula espinhal danificada muda dramaticamente o tipo de vida do paciente.Ficar confinado a uma cadeira de rodas restringe o vigor da pessoa e de sua vida ativa. Se as relações sexuais puderem continuar, o bem-estar emocional do paciente e de sua parceira pode ser mantido.

Se houver perda de habilidade em conseguir a ereção, pode-se utilizar pequenas doses de remédios injetáveis no pênis, ou implante de prótese.

Hoje em dia é muito freqüente termos pacientes com queixa de trauma direto na coluna ou mesmo ferimentos por projéteis de arma de fogo. O tratamento para esses pacientes necessitará de exames específicos para estudarmos a circulação e a inervação do pênis, bem como o grau de sensibilidade peniana.

Cirurgia e trauma no cérebro, medula espinhal e região pélvica, estão associados com o aumento do risco de distúrbios de ereção.

Podemos citar:

  • Traumatismos crânio-encefálico
  • Cirurgias no cérebro
  • Laminectomia lombar
  • Lesão medular
  • Linfadenectomia retroperitoneal sem preservação de nervos
  • Aneurismectomia da aorta abdominal
  • Cirurgias radicais para câncer do intestino e geniturinárias

O índice de violência atual, com inúmero disparo de balas perdidas tem, sem dúvida alguma, contribuído para o aumento do número de pacientes com algumas das lesões anteriormente descritas.

Problemas Hormonais – Algumas doenças, como problemas nos rins ou no fígado podem causar uma alteração hormonal, o qual controla as ereções. Baixos índices de testosterona também podem ser um fator agravante.

Priapismo – Priapismo é uma ereção que dura mais tempo que o normal e é causada por outras razões que não seja desejo sexual. Priapismo envolve o corpo cavernoso e é resultado ou de uma entrada anormal de fluxo no pênis ou no caso mais comum diminuição ou perda de saída desse fluxo. Se uma ereção dura mais que quatro horas, há o risco de comprometimento do tecido, o que pode resultar em Disfunção Sexual. Tanto uso inadequado de medicamentos (aplicações intracavernosas, anti-hipertensivos, drogas tipo cocaina) como patologias que levam a alterações hematológicas como anemia falciforme ou leucemia podem levar à ocorrência do Priapismo.