Sexo anal

Tanto faz se você é hetero, gay ou bi. Se é homem ou mulher, ou até mesmo transexual. O que temos em comum, todos nós, é que somos mortais e possuímos um ânus. E em algum ponto de sua vida, você imaginou ou mesmo experimentou a sexualidade desta parte tão secreta do corpo. Sexo anal, dar o cú, enrabar, os nomes não importam, a não ser o fato de que ele captura a atenção e a imaginação de todos.

Mas infelizmente, usar as “portas dos fundos” é uma atividade sexual considerada tabú. Seus inimigos dizem que é imoral e ainda mais, que é doloroso e degradante.

Mas será mesmo? Não existe uma forma de aproveitar esta zona tão sensível e capaz de produzir sensações de prazer, com responsabilidade, segurança e higiene? Informaçãos exatas e claras sobre a prática do sexo anal, baseada no conhecimento médico e psicosexual mais atualizado.

Dicas e recomendações, sexo anal nunca mais será sinônimo de dor! Seja bem vindo, aproveite e participe!

Pulando fora na hora do ana:

Relatos: nomes fictícios

" como convencer minha esposa a praticar o sexo anal? Ela sente muito medo e diz que é nojento. Já fiz de tudo para convencê-la, mas de nada adiantou. Gostaria de alguma dica que ainda não fiz." Robson

"No meu casamento anterior o sexo anal era praticado até com certa frequência. Mas me separei e conheci outra mulher, ela aceita a língua no ânus, o dedo, mas na “hora H”, pula fora. Não me aguento de tanto tesão, pois ela como a mulher brasileira, tem uma bunda perfeita."
Rubens

"Eu particularmente adoro o sexo anal com minha parceira. Normalmente eu sempre tomo a iniciativa, minha esposa reluta um pouco no início, mas

depois libera geral. O que fazer pra despertar o desejo do sexo anal em minha parceira. Gostaria de que ela tomasse a iniciativa." Surfista

O terrível drama de desejar, mas não poder realizar este desejo E ainda mais cruel, por ele estar tão perto!

Vocês três estão enfrentando o mesmo problema, porém em estágios de progresso diferentes. Da mulher que não quer nem saber de sexo anal, passando pela que aceita certas carícias anais e chegando a que pratica, mas que não tem iniciativa. Em comum, a relutânciaem relação a uma forma de sexo que ainda hoje, apesar de todos avanços em nossa mentalidade sexual, é vista com preconceito, com tabu, rodeada de mitos e de ignorância. Portanto, não é de estranhar que suas “respectivas” não demonstrem tanto interesse em “dar o cu” (vejam como nossa própria linguagem é negativa).

E infelizmente, não

existe uma receita certa ou infalível para despertar o desejo do sexo anal. Com certa possibilidade, vocês nem mesmo conseguirão concretizar o desejo; pesquisas mostram que somente 30% das mulheres brasileiras praticam sexo anal e aquelas que praticam, muitas vezes o fazem para agradar o parceiro.

Mas como vocês são brasileiros, que nunca desistem, vamos a algumas ideias.

O poder da informação:

O primeiro caso é sem dúvida o mais difícil. Afinal, é muito difícil mudar uma crença e se uma mulher acha que o sexo anal é imoral, perverso, anormal, nojento ou qualquer coisa que o valha, você tem uma dura tarefa a frente que é mudar é esta concepção.

Como o preconceito nasce da falta de informação e da ignorância, uma dica seria ler a respeito do sexo anal, junto com sua parceira. Se ela for contrária a ideia, peça um voto de confiança. Diga que você quer que ela somente escute, que você não tem nenhuma outra intenção, a não ser se informar e saber mais. Com um pouco de sorte, ela poderá se desfazer de alguns preconceitos e até mesmo se sentir curiosa.

A sedução anal:

O relato do Rubens é muito interessante, pois ele se aproxima do que chamo de “sedução anal”. Trata-se de, pouco a pouco, acrescentar carícias na região do ânus, de forma a que sua parceira passe a perceber as sensações de prazer que esta região do corpo tem a oferecer.

O objetivo final da"sedução anal" é despertar tanta curiosidade e tanto prazer que seja ela quem peça pela penetração anal. Assim, é fundamental que você não force a situação, que não a faça sentir obrigada ou coagida. Mais fácil falar do que fazer, mas contenha sua exitação e seu desejo

e deixe que a coisa ocorra naturalmente.

A iniciativa feminina no

sexo:

Finalmente, nosso surfista “chegou lá”, mas quer mais…Esta também é uma situação

desafiadora: as mulheres são culturalmente condicionadas a serem recatadas, passivas, conduzidas, etc. Esperar que elas tomem a iniciativa no sexo e, ainda mais, em uma prática “avançadinha” como o sexo anal pode ser uma ilusão.

Mas não é impossível, se o sexo anal for algo que lhe der muito satisfação e que ela passe a querer também. E aí pergunto: quando você consegue convencê-la a fazer anal, ela sente prazer? Ela chega ao orgasmo? Assim como na sedução anal, a melhor arma para desmontar os bloqueio em relação ao sexo é o prazer.

Concluindo, não é nada fácil, nem simples fazer uma mulher sentir vontade de praticar sexo anal. Persistência, paciência, e principalmente respeito por sua parceira são fundamentais.

Estou sentindo uma ardência anal…

"empre fiz sexo anal com meu namorado. No começo sentia dor, mas depois fui relaxando e agora eu adoro e consigo chegar ao orgasmo mais fácil pelo ânus do que pela vagina … a gente faz mais sexo anal do que vaginal…Tivemos que ficar sem fazer sexo anal por mais ou menos 15 dias por causa de uma viagem, coisa e tal…Depois que ele voltou de viagem, senti diferença no sexo anal pois estou sentindo uma dor forte, tipo de ardência e uma sensação tipo de contração anal … Será que peguei alguma doença? Ou sei

lá, estourou uma veia lá dentro? Ou será que desacostumei? Isso está me deixando frustrada, pois gosto muito de fazer sexo anal com meu namorado…

Para mim não existe sexo sem haver sexo anal…"É difícil estabelecer um diagnóstico somente com as informaçãoes que você

foneceu. Para isso precisaria ser feito um exame clínico, realizado por um profissional de saúde qualificado( Proctologista), que também faria mais perguntas.

Logicamente, entendemos a dificuldade de um tipo de consulta assim, pois ainda encontramos muito preconceito na socie

dade em relação ao sexo anal. Até mesmo abrir-se para um médico pode criar umasituação embaraçosa,

a qual você não gostaria de se expor.

Então, uma sugestão é você tentar identificar se esta sensação possui uma causa psicológica ou física.

Como? Simples, tente se masturbar analmente, inicialmente com o dedo e logo com a ajuda de um vibrador, mas qual a diferença

de estar com seu parceiro(a)?, você deve estar se perguntando. A resposta é a "ansiedade de performance". Em outras palavras, você tem pode estar

tendo tantas expectativas em relação ao sexo anal (principalmente depois dos quinze dias separados), que inconscientemente seu corpo estará mais tenso, o esfíncter mais contraído.

Sozinha, pelo contrário,você poderá relaxar e estar mais tranquila, sem qualquer tipo de pressão Caso ainda sinta os me smos sintomas, então sim, é recomendável procurar um médico. Entre os problemas que podem causar a sensação de ardência temos as hemorroidas, a fissura anal e o prurido anal. Se você notar outros sintomas, como corrimento, diarreia ou

feridas, então a causa pode ser mais grave, uma doença sexualmente transmissível.

Quando for se masturbar, não deixe de aplicar uma quantidade generosa de lubrificante. A falta de lubrificação adequada pode causar a ardência que você está sentindo.

Caso tenha utilizado um lubrificante diferente, também

existe a possibilidade de que você esteja sofrendo alguma

alergia. O mesmo vale para o

preservativo (camisinha) que seu namorado usa.

Portanto, como podem ser várias as causas, repetimos: não deixe de procurar

ajuda médica, caso seus sintomas não desapareçam, para que você possa voltar a curtir o sexo anal.

GOZAR DENTRO

OU FORA NO SEXO ANAL, EIS A

QUESTÃO…

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Em uma dúvida anterior, já tratei deste assunto, quando abordei ouso de preservativo na pratica anal. Recapitulando brevemente, o sexo anal é talvez a prática mais arriscada no que diz respeito às DSTs, pois a parede vascularizada do reto e as microfissuras produzidas durante a

penetração facilitam a entrada de vírus e de

bactérias na corrente sanguínea.

Usar o preservativo, a popular camisinha, é então absolutamente obrigatória na prática do sexo anal seguro. Para deixar de usá-la, seria

preciso estar em uma relação monogâmica, de total confiança (muitos sexólogos e terapeutas sexuais não acreditam nesta possibilidade e defendem que a camisinha

deve ser usada sempre), além de ser necessário realizar exames para a detecção de doenças pelo menos duas vezes, em um praz o de seis meses.

Mas aí o sujeito “que está com os exames em dia”. Portanto, para os privilegiados que investiram em uma relação

de estabilidade e de

confiança, teria algum problema gozar “dentro”?

A resposta, como sempre em um assunto

complexo como a sexualidade, é…depende. Vejamos

alguns fatores negativos de uma ejaculação interna durante o sexo anal, descartada a possibilidade de contágios por DSTs:

• O esperma, ou gozo, é um fluido e, como tal, irá fazer uma “lavagem” no reto de sua parceira. Com isso, aumenta a possibilidade de que pequenos resíduos de fezes sejam deslocados e saiam pelo ânus, manchando os lençóis.

• Mesmo não chegando ao extremo de causar este enema indesejado, o esperma que entrar no reto, ao sair, estará contaminado com as bactérias que naturalmente vivem no intestino. Caso este esperma entre em contato com a vagina ou com a uretra de sua parceira, uma infecção vaginal ou urinária (respectivamente) poderá ser a consequência.

• Ou de forma ainda mais sur preendente, o esperma em contato com a vagina poderá levar á concepção, que

  

  r dizer, a uma gravidez indesejada. Pode parecer improvável, mas é perfeitamente possível!

• Algumas mulheres relatam sentir desconforto, conforme o esperma escorre através da entrada do ânus (afinal, por algum lugar aquilo que entrou tem que sair!). Mesmo horas depois do sexo anal, seu gozo poderá ainda pingar, manchando a calcinha dela ou causando embaraços ainda maiores.

• Similar ao ponto anterior, durante a penetração anal você estará, inevitavelmente, bombeando ar dentro do reto. Este ar, misturado com seu esperma, pode sair de uma forma mais ruidosa, com a formação de bolhas e, possivelmente, um d esconforto psicológico.

RELAXAR OU NÃO , EIS A QESTÃO

Relaxar, relaxar. Esta é a palavra de ordem em todos manuais de sexo anal. Porém, será que contrair a musculatura do ânus, apertar o cu em termos populares, pode dar prazer durante a relação anal? Existe algum perigo? Saiba mais sobre o papel da contração do esfíncter na dor e no prazer do sexo anal.Dessa forma, naturalmente, você pode ficar com a impressão de que contrair o esfíncter, "apertar o cu", na linguagem popular sempre vai ser doloroso. Porém, temos qu

e fazer uma distinção aqui, entre dois tipos d e contração muscular:

• Ato reflexo: pense nela como uma defesa do seu corpo como um susto, um estímulo corporal nunca tido . Neste caso, é levado a seu cérebro, que automaticamente envia uma mensagem para o músculo se contrair. Outros atos reflexos familiares são a célebra "pancadinha" no joelho utilizada em exames médicos e a contração das pupilas quando entramos em um ambiente muito luminoso.
• Contração voluntária: o ato de você flexionar, conscientemente, um músculo. Levantar o braço para alcançar um objeto, "fazer muque", apertar a mão de alguém, enfim, todas as atividades onde você está no "comando".

Sem entrar em detalhes, os dois tipos de contração são comandadas por

áreas diferentes de nosso sistema nervoso. Uma você controla, a outra não.

E a contração no sexo anal?

Trazendo esta informação científica à prática do sexo anal teremos duas possibilidades. A primeira, de que o esfíncter se contraia devido ao susto, fruto de uma preparação inadequada ou mesmo da falta de desejo de realizar esta prática. É esta a que dói ou desconfortável e que devemos evitar.

Ainda pior, o ato reflexo, quando repetido, pode se transformar em um reflexo condicionado. Experiências dolorosas e traumáticas podem deixar uma pessoa totalmente aversa ao sexo anal, pois seu organismo inconscientemente se defende e "foge" da penetração

anal. Por isso dizemos que para o sexo anal sem dor é preciso relaxar, tanto no nível físico como no psicológico.

E a segunda, que é o tema de sua pergunta, é a "piscadela" do cu. Esta, mais do que não provocar dor, pode ser uma grande auxiliar no prazer do sexo anal, tanto para quem recebe, como para quem penetra. Do ponto de vista do "passivo", a contração do esfíncter faz com que outros músculos da região pélvica também se contraiam. O mais importante deles, o músculo PC, ou "músculo do amor". Como efeito colateral, a próstata (no homem) e o ponto G (na mulher), no caso das mulheres também são estimulados.

Brinquedos anais, fio terra e eunucos

Além disso, contrair o esfíncter contra um elemento de contra-resistência (o pênis ou um brinquedo sexual) também tem um resultado positivo, estimulando as terminações nervosas da região anal e intensificando as sensações de prazer. Não a toa, a prática do "fio terra", especialmente no momento do orgasmo, é uma das poucas ocasiões onde a sexualidade anal masculina é mais ou menos aceita socialmente. Já homens com a cabeça mais aberta descobriram que a masturbação, acompanhada de um brinquedo anal, é muito mais satisfatória.

Agora, para seu parceiro, ele poderá sentir as contrações de seu ânus como se fosse "mordidas" ou "apertos" e você com o tempo e com a habilidade adquirida vocÊ poderá "mamar" ou "ordenhar" o pênis dele. Não tem perigo nenhum contrair o esfíncter, uma vez que você já tenha ultrapassado o momento da penetração inicial, com seu ânus mais relaxado e menos propenso a um ato reflexo.

Em poucas palavras, relaxe para começar e pouco a poupco comece a experimentar e a treinar este músculo tão pouco conhecido de nosso corpo. Com certeza você não vai se arrepender.