quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estuprador ataca em casa de massagem na Capital

Um maníaco, armado, vem estuprando, espancando e roubando garotas de programa na Capital. Desde março de 2010, quatro vítimas já procuraram a polícia, mas a suspeita é de que mais de dez mulheres tenham sido atacadas pelo tarado. Os policiais desconfiam que seja o mesmo homem que, em 2008, teria violentado mais de 20 garotas de programa.

As vítimas relataram aos policiais da 14ª DP que o estuprador aparenta entre 40 e 50 anos, tem uma tatuagem no antebraço direito e uma cicatriz que vai do peito ao umbigo. A descrição, além de confirmar que o mesmo homem foi o autor de todos os ataques, coincide também com a do estuprador de 2008.

A confirmação de que pode ser o mesmo homem veio quando o suspeito foi a uma casa de massagem da Zona Norte, na semana passada. Pela manhã, ele ligou para uma mulher que atende no local e marcou um programa. À tarde, chegou antes do horário combinado, e foi recebido por uma mulher que, em 2008, havia sido estuprada por ele.

— Eu jamais iria esquecer o rosto dele. Ele entrou e disse que iria esperar. Ele tinha uma bolsa e nela um revólver. Um vizinho chegou na sala, para ver se estava tudo bem, e ele acabou indo embora — conta a mulher.

Foi graças ao depoimento dela que a polícia chegou ao nome do suspeito. A foto dele foi mostrada às outras três vítimas. Todas o reconheceram como o estuprador. Ao conferirem o nome do suspeito, os policiais tiveram uma surpresa: ele está preso, e cumpre pena em regime semiaberto. Os policiais desconfiam de que ele realiza os ataques durante as saídas a que tem direito. Somente na semana passada, foram três vítimas.

Suspeito está no semiaberto

Detido em 2006 por policiais da 4ª DP, o suspeito foi condenado por estupro e roubo. Na época, ele estava em liberdade condicional por uma condenação por roubo e latrocínio. Desde 2003, o homem cumpre pena nos presídio gaúchos.

Condenado a 11 anos de prisão em 2007, perdeu o direito a condicional. Desde de dezembro do ano passado, está em regime semiaberto. Conforme a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), o suspeito tem direito a 35 dias de passeio por ano. Se apurou com a superintendência que, nos períodos de 1º a 6 de março e 4 a 9 de maio, o suspeito estava na rua. Nas mesmas datas, ocorreram os ataques a garotas de programa na Capital.

Na tarde de terça-feira, a 14ª DP informou à Justiça sobre a investigação e o direito do suspeito às saídas foi suspenso.

O modo de agir:

— Liga para a vítima, na maioria das vezes garotas que atendem em apartamento ou casas de massagem. A ligação é sempre de um orelhão. Ele pede para ser ou o primeiro ou o último cliente, uma estratégia para garantir que estará a sós com a vítima.

— Chega antes do horário marcado e fica à espreita da garota. Ao ter certeza que ela está sozinha, sobe e rende a mulher.

— Em alguns casos, ele diz à vítima que está sendo perseguido e precisa de refúgio. Em outros, diz tratar-se de um assalto.

— Após o estupro e as agressões, foge levando dinheiro, joias, relógios e celulares.

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